Hemobrás instala mais quatro blast freezers em hemocentros brasileiros neste mês
Notícia publicada em: 29.09.2010
Hoje (20/09), estão sendo instalados e validados equipamentos na Fundação Hemominas de Divinópolis, em Minas Gerais, e no Hemocentro de Marília, em São Paulo. O cronograma de setembro encerra-se no dia 23, no Hemocentro do Espírito Santo (Hemoes) e no Hemonúcleo de Presidente Prudente, em São Paulo, para ser retomado em 4 de outubro, no Hemocentro da Bahia (Hemoba) e no Hemocentro de Brasília, no Distrito Federal. A instalação dos blast freezers faz parte de um trabalho que a Hemobrás iniciou há quatro anos, com visitas técnicas aos 79 principais serviços de hemoterapia públicos brasileiros. Sendo detectada a necessidade, a Hemobrás cede equipamentos específicos para o monitoramento da cadeia do frio, o congelamento e o armazenamento do plasma.
Entre os já entregues, desde 2008, estão 25 sistemas de monitoramento do congelamento do plasma, 15 freezers verticais a – 30º C para armazenamento de plasma e, neste último ano, 38 blast freezers, que agora estão sendo instalados. De acordo com a gerente de Controle de Qualidade da Hemobrás, Adriana Parodi, o objetivo é manter a qualidade do plasma excedente das doações de sangue e, assim, poder utilizá-lo na produção de medicamentos. “Atualmente, esses 35 hemocentros que atualmente estão sendo beneficiados estão sendo coletam cerca de 1,2 milhão de bolsas de plasma por ano”, salienta.
Esta qualificação dos processos relacionados à produção de plasma possibilita que a Hemobrás aumente a qualidade da matéria-prima que vem coletando nos hemocentros, desde abril deste ano, para enviar para a França – onde ocorre atualmente o beneficiamento do plasma brasileiro nos quatro medicamentos hemoderivados mais consumidos no País (Albumina, Imunoglobulina, Fatores VIII e IX). Já em 2014, com o início do funcionamento da unidade fabril em Goiana, o plasma coletado passará a ser beneficiado no Brasil, quando também serão produzidos o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico.
A fábrica da Hemobrás será a primeira do Brasil e a maior da América Latina dentro de seu segmento e terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano. O Brasil despende atualmente cerca de R$ 800 milhões por ano na importação de hemoderivados, que são fornecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nacionalização, o País minimizará sua dependência dos laboratórios estrangeiros e, em 2014, o governo reduzirá em 25% os custos gerados com a importação destes medicamentos.