Notícia publicada em: 26.07.2011

Técnicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde articularam uma agenda estratégica conjunta para dar celeridade e integrar atividades, a ser cumprida do próximo mês de julho a dezembro de 2014, ano de início da operação da fábrica em Goiana-PE. O plano, que conta com seis tópicos que envolvem a estatal e a coordenação, foi elaborado na oficina de alinhamento entre as duas instituições, nos dias 20 e 21 deste mês, em Brasília. A reunião contou com a participação do coordenador-geral da CGSH, Guilherme Genovez. O objetivo desta iniciativa foi alinhar atividades para a operação da primeira fábrica de hemoderivados 100% brasileira.
“Queremos que este plano não seja burocrático, mas que identifique áreas para o desenvolvimento de ações conjuntas no sentido de potencializar nossos resultados”, declarou a chefe de gabinete da Hemobrás, Heloiza Machado, durante a abertura da oficina.“Elaborar este processo identificando os pontos que temos afinidades e podemos agregar é de fato de grande valia. Esperamos que ambas as instituições se fortaleçam com isso”, complementou Danila Barca, assessora da CGSH.
A Hemobrás e a CGSH devem atuar em 16 ações integradas para melhoria da qualificação técnica e gerencial da rede nacional dos serviços de hemoterapia (Hemorrede). Haverá, inclusive, trabalhos focados na gestão ambiental, de equipamentos e da informação em sangue e hemoderivados nestes estabelecimentos. O desenvolvimento destas atividades deve ser acompanhado em novas reuniões, segundo informou o assessor da Presidência da Hemobrás José Gaspar Novelli.
A capacitação técnica e gerencial da Hemorrede voltadas à gestão dos equipamentos também será um dos focos da agenda conjunta, assim como o acompanhamento da produção e do recolhimento do plasma para a produção industrial. A fábrica da Hemobrás tem capacidade para transformar 500 mil litros de plasma por ano em hemoderivados. Atualmente, o Brasil exporta 110 mil litros de plasma por ano para a França onde ocorre o beneficiamento dos hemoderivados até a fábrica da Hemobrás entrar em operação, em 2014, para produzir albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e complexo de von Willebrand. Medicamentos que servirão para o tratamento de pessoas com hemofilia, imunodeficiências primárias, cirrose, câncer, Aids, entre outras doenças, assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).