Formandos de curso de Eletricista e Auxiliar de Pedreiro visitam obras da fábrica
Os cursos foram realizados em parceria com o Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e surgiram para suprir a demanda da Hemobrás e, posteriormente, de outras empresas que irão se instalar no Polo Farmacoquímico de Pernambuco. As aulas tiveram início em agosto, com duração de 90 dias, e beneficiaram 80 moradores de Goiana. “Antes mesmo do término, 30 já estavam empregados, dez deles na Hemobrás”, disse Oliveira. Como alcançaram 75% de presença no curso, estavam aptos ao trabalho e irão receber os certificados. “Os demais também deverão se colocar no mercado em breve. Todos receberão cartas de encaminhamento do CVT”. Culminando as atividades, parte dos formandos participaram da visita técnica à Hemobrás. “Pudemos ver que eles vivenciaram o impacto do que á uma obra dessa dimensão, é um estímulo para eles”, comentou o diretor.
[FOTO2+] Desempregado há um ano e meio, Amauri Alberto dos Santos, 27 anos, foi um dos que conseguiram emprego antes mesmo de terminar o curso. “Nem acreditava mais que pudesse trabalhar tão cedo. Soube que havia este curso gratuito e me inscrevi. Foi muito bom porque abriu caminhos. No dia 19 de outubro, fui chamado para vir para a Hemobrás. Rezei tanto para estar aqui e este dia finalmente chegou. Trabalho como ajudante, mas quando receber meu certificado, poderei assumir o cargo de eletricista. Estou muito ansioso”, contou. Atualmente, há 150 homens trabalhando nas obras da Hemobrás, entre pedreiros, serventes de pedreiro, armadores, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho. Todos moradores de Goiana. Até o fim do ano, serão 200. Para 2011, o CVT já prevê novas turmas de eletricistas e pedreiros, mas também de auxiliar de pedreiro, carpinteiros e ferreiros.
Os prédios que estão em construção são o bloco 01 (B-01), um dos mais importantes da fábrica, por abrigar uma câmara fria a 35º C negativos destinada à recepção, triagem e estocagem do plasma que será usado na produção dos medicamentos; e o Bloco 17 (B-17), que conterá quatro geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia para a planta. O edital para a construção dos demais prédios deverá ser publicado ainda este ano. Orçada em R$ 540 milhões, a fábrica da Hemobrás será a maior da América Latina em seu segmento e figurará como uma das âncoras do Polo Farmacoquímico de Pernambuco, promovendo o desenvolvimento socioeconômico da Região Nordeste.
A fábrica garantirá 100% de autossuficiência para o SUS em albumina e fator IX. Promoverá também a autosssuficiência total em dois outros produtos: o fator de von Willebrand e o complexo protrombínico. Já para a imunoglobulina, a expectativa é atender, em média, 50% das necessidades do País. Para o fator VIII, a previsão é suprir de 20% a 40% da demanda do SUS. Estes patamares serão atingidos com um processamento de 500 mil litros de plasma por ano. Esses medicamentos são vitais para mais de 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pelo SUS e também têm grande importância para pacientes com aids e câncer e portadores de outras doenças que diminuem sensivelmente a defesa imunológica do indivíduo.